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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

QUAL É A EDUCAÇÃO QUE EU ACREDITO?







     Antes de responder a esta questão é preciso esclarecer primeiramente o real papel da educação e da escola na atualidade.
Diante de uma sociedade diferente de décadas atrás, uma sociedade pós-industrializada, consumista, individualista e que não se preocupa mais com o coletivo, pois a luta pela sobrevivência torna os indivíduos cada vez mais narcisistas. Perceber o papel da educação nos momentos históricos e caracterizá-los para um melhor entendimento da forma como a contemporaneidade vem influenciar a vida dos sujeitos em nossa época é algo imprescindível.
Estamos no século XXI, onde o mundo de uma maneira geral tem passado por várias mudanças, em todas as esferas. Entre essas mudanças aconteceram também à mudança de vários paradigmas, inclusive na área educacional, o que se acreditava antes já se tornou obsoleto nos dias atuais.       As estruturas familiares mudaram, as leis mudaram, as mídias mudaram, as formas de comunicação mudaram, enfim a sociedade mudou!
Mas assim como o papel da escola tem sofrido modificações, devido às novas demandas e diante da realidade em que se vive hoje, esclarecer o mesmo diante deste novo contexto é primordial para se entender também o nosso papel como profissionais atuantes nesta nova realidade: Papel esse de transformação. É preciso ter consciência de que EDUCAÇÃO não é apenas transmitir conhecimentos, EDUCAÇÃO é deixar de ter apenas conhecimentos e saber utilizá-los para transformar o TER em SER! SER melhor, SER alguém, SER diferente e fazer a diferença!
Significa repensar a escola, seus tempos, seu espaço, sua forma de lidar com os conteúdos e com o mundo da informação. Significa pensar na aprendizagem como um processo global e complexo, no qual conhecer a realidade e intervir nela não são atitudes dissociadas.
É importante, conhecer a comunidade em seu entorno como ela é... sua realidade tanto social, cultural quanto econômica, para se ter uma visão ampla e não fragmentada de qual é a comunidade que a escola atende, para só assim também atender suas reais necessidades. Trata-se de fugir dos modismos e assumir uma nova prática pedagógica, sabendo fazer escolhas, tomar decisões, propor inovações coerentes com nosso projeto educativo e com nossas concepções de educação.
Existem algumas pré-condições para realização deste e que pede uma gestão mais democrática. Há também algumas condições objetivas que a escola tem que garantir, dentre elas a elaboração de seu Projeto Político Pedagógico que realmente funcione na prática, não somente como mais um documento burocrático e apenas teórico. É preciso debruçar-se nos problemas que a escola enfrenta e quais os fins da educação que esta escola quer repartir com seus membros. É preciso entender que todos os envolvidos neste processo, tanto professores, pais e funcionários, enfim toda comunidade escolar são corresponsáveis pela EDUCAÇÃO! E para se conseguir tal façanha é preciso primeiramente conhecer a escola, os educandos e as possíveis redes de apoio para só então combater os entraves que a prejudicam, envolvendo a comunidade para que os mesmos se sintam sujeitos desta construção. Ancorados em valores de participação, autonomia, o pluralismo e acima de tudo de transparência. O envolvimento, a responsabilidade e a autoria de todos são fundamentais para esta elaboração, deve-se atender aos interesses de todos neste processo, mas isto, demanda também envolvimento, responsabilidade e compromisso!
Sendo importante garantir que tais problemas e suas resoluções se transformem em uma questão para todos, e isso depende basicamente da postura do profissional da educação.
A escola como detentora dos conhecimentos, métodos e técnicas de ensino, deve ter a iniciativa de aproximar as famílias da escola, envolvendo-as em atividades realizadas na escola como discussões, debates, palestras, confraternizações, em forma de dinâmicas, teatros, oficinas culturais entre outros etc. Orientando-as sobre a importância de um trabalho de parceria. Conscientizar a comunidade escolar do que vem a ser esta democracia participativa, na busca pela autonomia dos educandos como cidadãos de direitos e que para se garantir tal fim exige-se a participação popular, tanto da escola quanto da família, enfim, a presença e intervenção ativa de todos, onde todas as contribuições dos envolvidos neste processo sejam não só desafiadoras, mas algo significativo para uma educação dinâmica e de qualidade, para que o educando possa ser capaz de lidar com as novas relações emergentes, onde todos participem com responsabilidade e instigue as discussões que serão defrontadas com vários outros pontos de vista, respeitando as diferenças entre as pessoas e entre os grupos, para ampliar sua compreensão de mundo, desenvolvendo habilidades e atitudes, aprendendo a aprender, possibilitando a problematização, assumindo a coordenação do trabalho, sem que isso signifique a imposição de uma única lógica, ou a anulação do papel que cada um deve desempenhar frente ao mesmo como autor, e não como meros executores. Por este motivo o papel da escola neste cenário é preponderante, seu papel é fazer do espaço escolar, um espaço dialógico, fomentador de discussões, de ideias plurais e contraposições de pensamentos, estimulador de reflexões, pois do contrário, pode ser um forte contribuidor para a transmissão de valores que favoreçam ainda mais as desigualdades e a exclusão. Neste sentido é preciso que se pense a educação como uma forma de resistir aos modelos tradicionais, que priorizam mais o objeto do que o sujeito do conhecimento, tendo primeiramente compromisso com o nosso fazer pedagógico comprometendo-se com a transformação social, papel este designado hoje a escola.  Pois sendo a escola um referencial para o educando ele será capaz de protagonizar e transformar sua história.
É preciso que de alguma forma a escola pense o futuro de seus alunos, não os alunos que gostaria de ter, mas sim os alunos que se tem! É preciso acordar para a realidade que está aí, e deixar de tentar justificar o porquê nossa realidade está como está! Ela está. (Ponto). Então é preciso agir sobre ela.

É preciso que a escola reconheça que toda formação humana é um processo permanente que demanda uma consciência do que vem a ser e o que se é. É preciso também perceber que o processo de formação humana é muito complexo, pois depende muito das influências que o indivíduo sofre tanto, da família, do trabalho, do clube, dos grupos sociais e culturais de diversas outras instituições, enfim no decorrer de toda sua vida. E a melhor forma de se colocar tudo isto em prática é vivenciar e saber lidar com esta problemática de maneira coerente e fundamentada, cumprindo cada qual com seu papel para favorecer a escola a cumprir também sua função social: a democratização do conhecimento na perspectiva de uma educação de qualidade pela valorização e respeito de sua cultura e transformação socialCorrigindo a todo tempo seus rumos, princípios e metas, conscientizando as famílias da sua fundamental participação neste processo. Reconhecendo sua diversidade cultural e as diferenças como algo muito rico para se acabar com os privilégios. Não num modelo educacional único, mas um meio termo que leve em conta as diferentes teorias e práticas pedagógicas já existentes para um pensamento plural. Mas um problema que envolva não só a escola, antes sim a família e a sociedade em geral, pois representa um desafio econômico, social e cultural que precisa ser resolvido. “Na medida em que a educação começa a se impor como condição fundamental para o desenvolvimento do país, a escola se apresenta como o lócus para a construção de condições que garantam espaços de aprendizagens democráticas, populares, inclusivas e plurais”. (GUIA DO CURSO DE PREVENCÃO AO USO DE DROGAS, 2014, p. 60)

Sem que estas questões se tornem claras, não há como se falar em diversidade, inclusão, direitos e infelizmente não é isso que se percebe na prática em nossas escolas, infelizmente o individualismo e a falta de compromisso ainda imperam nos dias atuais e entre os profissionais e todos os envolvidos neste processo. E acredito ser este um “efeito cascata”, que parta essencialmente dentro de cada um de nós, daquilo que somos e acreditamos, da nossa história como brasileiros... brasileiros estes que sempre dão “um jeitinho pra tudo”, é preciso transformar-se para haver transformação. É impossível mudar quando se está arraigado em conceitos e preconceitos antigos. Atrevo-me a dizer que, de certo modo e pelo tempo que já atuo que, educação de qualidade é uma questão também ideológica, pois se os profissionais que atuam na área não tiverem como ideologia, oferecer uma educação de qualidade, a mesma não se faz sozinha. Houve tempos que a responsabilidade por uma educação de qualidade se dava, pela falta de preparo e qualificação dos profissionais envolvidos, em outras épocas, pela falta de materiais adequados e em outras épocas, pela falta de estrutura das escolas, mas hoje a maioria dos profissionais já são capacitados, algumas escolas já possuem estruturas e materiais adequados e mesmo assim não oferecem, ainda uma educação de qualidade. E a que podemos atribuir tais fatos? Se não ao compromisso e responsabilidade social dos envolvidos em tal processo? Veja bem, é claro que não se pode generalizar tal fato, pois cada caso é um caso, mas é preciso pensar no real compromisso de todos os envolvidos neste processo! Com qual finalidade estão se formando tantos profissionais nesta área? O que realmente esperam da profissão e o que oferecem a mesma? Escolhem tal profissão pela facilidade e comodidade de adquirir um diploma ou realmente pela qualidade, valorização e responsabilidade da profissão? Se a docência não é uma capacidade inata, e sim uma carreira que, como outras, pressupõem esforço pessoal e formação que possibilitem o domínio de aspectos teóricos e práticos ligados à aprendizagem, porque tantos profissionais atualmente são tão bem habilitados e maus profissionais? É preciso primeiramente gostar-se do que se faz, para se fazer qualquer coisa bem-feita!  O comprometimento e o respeito por qualquer profissão que se escolha trilhar, necessita primordialmente ser valorizada pelo próprio profissional, antes de ser valorizada por todos. E nada valoriza mais uma profissão do que um trabalho bem feito! Ou seja, oferecer uma educação realmente de qualidade! Sendo o profissional da educação mediador deste processo, o mesmo deve compreender que somente a mera obtenção de um título de licenciatura não o qualifica como profissional da educação, mas a relação entre sua teoria e sua prática revelará o que vem a ser este profissional e o que realmente o mesmo é! resumindo assim sua responsabilidade diante de sua formação, pois é no processo de sua formação consolidadas as opções e intenções de sua profissão, sua história, história esta que, tanto pode mudar a história dos outros, como pode também favorecer ainda mais a exclusão social, o preconceito, as desigualdades e até a violência.
Tendo sempre consciência que o papel da escola é garantir não só os conhecimentos de conteúdos e saberes significativos e contextualizados, construídos ao longo da história da humanidade de forma sistematizada, mas educar para cidadania, em outras palavras, que os educandos sejam capazes de usar os conhecimentos aprendidos na escola em sua vida, além de desenvolver habilidades para transformar a sua realidade. Pois a maneira como o profissional trabalha está atrelada à sua maneira de ser e o compromisso que o mesmo tem diante de sua responsabilidade social. Para tal é essencial que tal profissional faça uso desta criticidade e conscientização, para que sua prática faça parte de seus ensinamentos no resgate do real compromisso da escola. Somente a conscientização fará a teoria se constituir prática! E o papel da escola não será apenas uma UTOPIA em um número preocupante de escolas!
Atrevo-me mais uma vez também a comparar aqui algumas escolas, que diz permear certos compromissos, como a inclusão, diversidade, respeito as diferenças, Gestão Democrática, etc., se beneficiando de tais teorias, mas que na verdade não as colocam em prática, com aquela fábula “A ROUPA NOVA DO REI”, até quando os envolvidos neste processo vão fingir estar vestindo a educação de tais escolas com finas roupagens, quando a mesma está desnuda de compromisso, responsabilidade, ética, solidariedade humana, prazer e amor ao próximo? Visto a má qualidade da educação, a violência, o preconceito e a exclusão, em um número preocupante de escolas públicas de nosso país? Até quando fecharemos os olhos com a falta de compromisso tanto dos cursos de formação quanto dos próprios profissionais que não veem a educação com compromisso e responsabilidade? Desmembrando assim a teoria de suas práticas? Como fazer o papel de transformação da educação, se seus próprios atores não transformam nem a si mesmos?
É preciso que se compreenda que os educandos possuem direitos de aprender e que cabe a escola ser o elo entre o saber construído ao longo da história da humanidade e o educando que está à procura de algo significativo e que venha de encontro as suas reais necessidades, para aprender.
Veja bem, não estou dizendo que tudo isto é simples e fácil, mas é notório que tem se delegado à escola muitos papéis, a sobrecarregando com funções que não eram de sua competência até então. Diante de tal fato seu papel tem sofrido também modificações, devido às novas demandas e diante da realidade em que vivemos hoje junto a tudo isso, a Globalização e a era tecnológica vêm exigindo da educação, novas competências e saberes que necessitam de um olhar mais apurado diante desta problemática. Nesse contexto, o profissional da educação tem que respeitar os saberes dos educandos, sua identidade e incorporá-las aos novos conteúdos, tendo-o ainda como uma responsabilidade ética no exercício de sua tarefa docente. O que se pode observar é que uma série de fatores desfavorece a educação e por consequência a nação de um país em desenvolvimento, sendo inúmeros os fatores que levam à baixa procura pela carreira de professor, incluindo a falta de valorização da sociedade, baixos salários e condições insalubres em sala de aula. Acredito que todo profissional ao ingressar na carreira saiba ou deva obrigatoriamente ter consciência dessa problemática e que são esses os grandes desafios na educação, sendo assim é preciso que sua prática priorize não só a transformação de sua realidade e uma mudança de postura frente a educação, mas a transformação da realidade de seus educandos e que o mesmo busque recriar a educação, fazendo com que seus educandos se percebam também transformadores, reconstruindo-se permanentemente, fazer da educação a via de possibilidades e pensá-la possível é a tarefa no qual  o mesmo deve se apoiar, não com receitas infalíveis, mas com práticas que a justifiquem por si só, pautadas no amor, na amizade no prazer e no compromisso de sua profissão, não como utopia, antes sim como fato e realidade! Não como um caminho que se faz fácil, mas um caminho que se construa provável mesmo diante de muitos obstáculos e contratempos, mas que se faça possível, numa prática reflexiva e transformadora para o alcance de uma trajetória de sucesso, onde as aparências não valham mais que o verdadeiro reflexo do que a educação fará futuramente ao homem, numa ação reflexão constante.
Há uma tendência por parte do ser humano em se isentar de fatos e contextos que dependem de sua participação ou da participação de outros para que os resultados se evidenciem de maneira positiva... Vale ressaltar que estamos no mundo, portanto se cada indivíduo dentro da sua especificidade profissional e individual  contribuir de forma adequada, pensando no bem estar do outro, certamente ter-se-á um mundo melhor, não este mundo global, mas pelo menos o mundo de quem passar pelas mãos de um professor compromissado com a educação! Afinal o grande legado de um professor são seus alunos e o que eles fazem do que aprenderam com ele!
Se ninguém o faz, façamos nós! Façamos ao menos a parte que nos cabe, a diferença! A diferença ao menos na vida daqueles que por nossas mãos passarem e que os mesmos não transformem somente suas realidades, mas que possam ser também multiplicadores da mudança na realidade de muitos, apenas por serem conscientes do papel que ocupam diante da sociedade que partilham!

É ESTA A EDUCAÇÃO QUE EU ACREDITO! É DESTA EDUCAÇÃO QUE FAÇO PARTE!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O DESAFIO DA EDUCAÇÃO PARA LIDAR COM UMA ESCOLA EXCLUDENTE, PRECONCEITUOSA E REPRODUTORA"!

                     


  Acredito que, em primeiro lugar temos que ter responsabilidade frente a profissão que escolhemos, pois sabemos que vivemos numa sociedade capitalista, num mundo pós industrializado, consumista, individualista, globalizado e evoluído tecnologicamente, no qual tem sofrido consideráveis mudanças, dentre elas e a que mais tem afetado consideravelmente a educação são as estruturas familiares que de uma maneira geral é a maior contribuidora para que a educação aconteça de fato.
     Perceber o papel da educação nos momentos históricos e caracterizá-los para um melhor entendimento da forma como a contemporaneidade vem influenciar a vida dos sujeitos em nossa época é algo imprescindível, portanto, ter consciência do real papel da educação frente a estas novas demandas e este novo contexto é algo que não se pode ignorar frente a tal compromisso.
     Segundo Paulo Freire, (1979, p. 07):


A primeira condição para que um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir. É preciso que seja capaz de, estando no mundo, saber-se nele... Se a possibilidade de reflexão sobre si, sobre seu estar no mundo, associada indissoluvelmente a sua ação sobre o mundo não existe no ser, seu estar no mundo se resume a um não poder transpor os limites que lhe são impostos pelo próprio mundo, do que resulta de que este ser não é capaz de compromisso. É um ser imerso no mundo, no seu estar, adaptado a ele e sem ter dele consciência... O tempo para tal ser “seria” um perpetuo presente, um eterno hoje... O mundo não é. O mundo está sendo... Meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar. No próprio mundo físico minha constatação não me leva à impotência. O conhecimento sobre os terremotos desenvolveu toda uma engenharia que nos ajuda a sobreviver a eles. Não podemos eliminá-los mas podemos diminuir os danos que nos causam. Constatando, nos tornamos capazes de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais complexa e geradora de novos saberes do que simplesmente a de nos adaptar a ela.... Não posso estar no mundo de luvas nas mãos constatando apenas. A acomodação em mim é apenas caminho para a inserção, que implica decisão, escolha, intervenção na realidade.... O êxito de educadores centralmente está na certeza que jamais os deixa de que é possível mudar, de que é preciso mudar... É assim que este saber que a História vem comprovando se erige em princípio de ação e abre caminho à constituição, na prática, de outros saberes indispensáveis... 

Diante de tais argumentos, o compromisso é nosso maior desafio frente a educação e o papel que a mesma deve exercer na atualidade.

REFERÊNCIAS: FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lillian Lopes Martin. 24º Ed. São Paulo: Editora Paz e Terra S.A., 2001.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO UM RETRATO DA ESCOLA

                            ESTAMOS REALMENTE PREPARADOS
                            PARA ESTA EMPREITADA?
       

                                           




"A escola precisa ser reencantada, encontrar motivos para que o aluno vá para os bancos escolares com satisfação, alegria. Existem escolas esperançosas, com gente animada, mas existe um mal-estar geral na maioria delas. Não acredito que isso seja trágico. Essa insatisfação deve ser aproveitada para se dar um salto. Se o mal-estar for trabalhado, ele permite um avanço. Se for aceito como uma fatalidade, ele torna a escola um peso morto na história, que arrasta as pessoas e as impede de sonhar, pensar e criar". Moacir Gadotti


“Toda mudança que visa transformar para melhor, exige planejamento e ousadia. A escola, como um organismo vivo, é um projeto. Projeto é projetar ações para realizar mudanças, visando instituir uma nova realidade. A escola com projeto é uma escola instituinte, em transformação e em construção permanente, vislumbrando sempre aprimoramento e em desenvolvimento... Além do mais, a sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção coletiva e participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares”. (DALBERIO, 2008)
Planejar, em primeiro lugar, é definir um foco, situar-se dentro da própria vida é definir um rumo, com marcos específico a serem alcançados. O planejamento é a tentativa de prever as ocorrências futuras e estar preparado para agir de forma a evitar surpresas desagradáveis no funcionamento e na gestão dos objetivos que se quer alcançar. Sem planejamento, os obstáculos se tornam empecilhos para se chegar aos objetivos; obstáculos estes que poderiam ter sido previstos.
Significa repensar a escola, seus tempos, seu espaço, sua forma de lidar com os conteúdos e com o mundo da informação. Significa pensar na aprendizagem como um processo global e complexo, no qual conhecer a realidade e intervir nela não são atitudes dissociadas. Trata-se de fugir dos modismos e assumir uma nova prática pedagógica, sabendo fazer escolhas, tomar decisões, propor inovações coerentes com nosso projeto educativo e com nossas concepções de educação.
“Um projeto político-pedagógico da escola deve constituir-se num verdadeiro processo de conscientização e de formação cívica; deve ser um processo de recuperação da importância e da necessidade do planejamento na educação”.
Para tanto se faz necessário uma preparação e sensibilização de todos os envolvidos, que seja uma decisão realmente coletiva. Ou seja, é preciso discutir qual democracia que queremos e de qual democracia estamos falando para, a partir destas considerações, oportunizarmos a participação dos diferentes segmentos dentro do contexto escolar.
Existem algumas pré-condições para realização deste e que a gestão democrática deve favorecer. Há também algumas condições objetivas que a escola tem que garantir, dentre elas para que a elaboração do nosso Projeto Político Pedagógico funcione. Devemos se debruçar nos problemas que a escola enfrenta e quais os fins da educação que esta escola quer repartir com seus membros. Problematizando, mas problematizar, não significa fazer uma lista de perguntas do tipo ‘‘que escola que queremos? Problematizar corresponde a construir coletivamente uma questão que irá acompanhar o grupo em todo seu percurso e servirá de referência para debates, discussões e reflexões futuras. Combatendo os entraves que a prejudicam, envolvendo a comunidade para que os mesmos se sintam sujeitos desta construção. Ancorados em valores de participação, autonomia, o pluralismo e acima de tudo de transparência. O envolvimento, a responsabilidade e a autoria de todos são fundamentais para esta elaboração, deve-se atender aos interesses de todos neste processo, mas demanda também envolvimento, responsabilidade e compromisso. Essa atitude desenvolve a cooperação e a solidariedade entre pais, alunos, professores, direção e funcionários. Podemos concluir que tal elaboração não se reduz à escolha de uma só proposta para se trabalhar em todas as áreas, nem a uma lista de objetivos e etapas. Antes, que tenha um enfoque globalizador, centrado na resolução de problemas significativos, percebidos no contexto onde a escola está inserida e que lhe dará sentido, onde sua principal característica não seja sua forma e sim o tratamento que se dá a ele, não se restringindo apenas ao estudo do mesmo, mas que o seu ponto central seja a resolução dos problemas que neles são suscitados. Sendo importante garantir que tais problemas e suas resoluções se transformem em uma questão para todos, e isso depende basicamente da postura do Gestor, que intervém para que todos participem com responsabilidade e instigue as discussões que serão defrontadas com vários outros pontos de vista, respeitando as diferenças entre as pessoas e entre os grupos, para ampliar sua compreensão de mundo, desenvolvendo habilidades e atitudes, aprendendo a aprender, possibilitando a problematização, assumindo a coordenação do trabalho, sem que isso signifique a imposição de uma única lógica, ou a anulação do papel que cada um deve desempenhar frente ao mesmo como autor, e não como meros executores. Sem essas questões, não há como elaborar um projeto.
É preciso primeiramente identificar a realidade em que a comunidade escolar está inserida, conhecer a comunidade como ela é. Suas reais necessidades, tendo uma visão ampla e não fragmentada de qual é a comunidade que a escola atende, para que a escola se identifique com a mesma para encontrar soluções para que a comunidade se identifique também como parte integrante e principal também da escola, afinal sem a comunidade não se tem escola. Se não atentarmos para sua realidade teremos gerações cada vez mais alienadas e omissas diante de um mundo cada vez mais dinâmico e desafiador. Traçar estratégias de ensino que aproximem a família do cotidiano da escola é, sem dúvida, um grande passo para reverter esta realidade! Entendendo seu contexto para só então dar significado a sua ação. Qual é o seu papel diante desta comunidade? E o que queremos realizar com a mesma? Tendo como uma responsabilidade ética no exercício de sua tarefa educativa a democracia. Afinal, não é possível pensar em democracia sem que os sujeitos tornem-se conscientes para exercer esta prática... E estamos realmente preparados para tal?
       "Muitas vezes deixamos de realizar tarefas às vezes simples, por acreditar que o dever era do outro. É claro que cada um tem seus deveres, mas cabe a nós o bom senso... E o que vemos é que a “massa do bolo” muitas vezes fica parada, faltando ingredientes e ninguém se disponibiliza em acrescentar, somar ou contribuir. É preciso a ação de mediadores, cada um em seu fazer específico... Enfim, um trabalho democrático  que oportunize a aprendizagem e o desenvolvimento de todos... Há uma tendência por parte do ser humano em se isentar de fatos e contextos que dependem de sua participação e auxílio para que os resultados se evidenciem de maneira positiva... Vale ressaltar que estamos no mundo, portanto se cada indivíduo dentro da sua especificidade profissional e individual  contribuir de forma adequada, pensando no bem estar do outro, certamente teremos um mundo melhor... Acima de tudo é preciso ter o DESEJO. Desejo de ajudar, desejo de renunciar, desejo de compartilhar, desejo de somar e acima de tudo desejo de fazer a diferença!” (RODRIGUES, 2014)
Então eu pergunto estamos realmente preparados para esta tarefa? Primeiramente é preciso conscientizar a comunidade do que vem a ser esta democracia e que para se garantir esta democracia exige-se a participação popular, a presença e intervenção ativa de todos. Não vale estar presente e somente ouvir e/ou consentir, é preciso aprender a questionar e a interferir. Exercendo verdadeiramente a cidadania, a população – pais, mães, alunos, professores, gestores e pessoal administrativo – devem ser capaz de superar a tutela do poder estatal e autoritário até então culturalmente arraigado e aprender a reivindicar, planejar, decidir, cobrar e acompanhar ações concretas em benefício da comunidade escolar. Ser aptos ao questionamento, à problematização, à tomada de decisões, buscando soluções individuais e para a comunidade onde vivem e a escola está inserida. E a melhor forma de pô-la em prática é testemunhá-la, vivenciá-la e saber lidar com a mesma de maneira coerente, cumprindo seu papel para favorecer a escola a cumprir também sua função social: a democratização do conhecimento na perspectiva de uma educação de qualidade pela valorização e respeito de sua cultura. Corrigindo a todo tempo seus rumos, princípios e metas, conscientizando tal comunidade da sua fundamental participação neste processo. Fizemos realmente tudo isto? Não basta convidarmos apenas os pais a participarem é preciso conscientizá-los! Por isso, precisa haver liberdade para que cada um fale se posicione e participe como sujeito ativo. Participar na sua elaboração, aprovação, acompanhamento e execução – fazer com que esse documento realmente seja significativo para a vida e o direcionamento dos rumos da escola. Que ajudem a definir quais são os papeis da escola dentro desta comunidade e o caminho que se quer seguir. Assumindo a responsabilidade de resolver os seus problemas e criando mecanismos para que essa realidade seja de fato um conjunto de iniciativas para uma melhoria de qualidade e equidade educacional. Que sempre estará num processo de aperfeiçoamento. Não perdendo de vista o macro e o micro do seu entorno sendo geradora do protagonismo, da participação. Reconhecendo sua diversidade cultural e as diferenças como algo muito rico para se acabar com os privilégios. No início, a participação dos pais pode ser tímida, porque eles desconhecem as questões educacionais, teóricas e pedagógicas, e, de certa forma, desconhecem qual é seu papel de cidadão. Torna-se, portanto oportuno incentivar as famílias a participarem da escola, não só nas festas ou com trabalho, mas discutindo, refletindo e buscando soluções para seus problemas. Mas, para tanto, é preciso dar oportunidade de participação aos pais e esclarecê-los e convencê-los da importância de sua participação interventiva, mudando mentalidades oprimidas e despertar os sujeitos históricos e ativos, que se encontram adormecidos em cada cidadão. Nós mesmos achamos complicado tudo isto, imagine os pais! Não é nada fácil, mas precisamos sair do comodismo e agirmos para transformar, ou não estaremos também fazendo o nosso papel!
Quando todos participam, o envolvimento e o comprometimento de todos se amplia. Descobrem que têm uma causa em comum, comprometem-se com a vida dos educandos e com o futuro da escola. Assumem responsabilidades com as mudanças”. (DALBERIO, 2008)
“As atitudes de coragem e interesse desencadeiam o interesse de outros”.
Para tanto, faz-se imprescindível a instauração do Conselho Escolar como um movimento amplo de participação ativa da comunidade escolar, na qual todos – pais, alunos, trabalhadores da educação, representantes da comunidade/bairro – têm direito a voz, a voto e a interferência nas decisões um espaço para a participação coletiva, que possibilite somar diversos saberes e experiências a fim de garantir que a escola atenda aos anseios e às necessidades da população a que se destina. Não se configurando apenas como um órgão consultivo, no qual o próprio nome já explicita a idéia de que ele não toma decisões, mas apenas é consultado sobre os problemas da escola, discutindo mais questões burocráticas, e endossar prestações de contas, a confirmar decisões já realizadas pela direção, o mesmo deve ser deliberativo, decidir sobre os problemas da escola, indicar profissionais para frentes de trabalho, garantir o cumprimento das leis, elegerem pessoas e deliberar questões da Escola, apontar falhas e buscar soluções conjuntas para os problemas. Tendo maior força de atuação e poder na escola. Devem representar um apoio, uma estratégia de ação, na qual todos se reúnem tendo em vista a melhoria dos resultados do processo de ensino. Fortalecendo assim a relação dos representantes com os representados, que não se esgote após o voto, deliberando decisões realmente pertinentes aos desejos e opiniões de todos, legitimando esta representação.
O projeto de nossa escola depende, sobretudo, da ousadia de todos nós os participantes, da ousadia de cada escola em assumir-se como tal.
Precisamos cumprir a nossa função social! E, tudo isto, somente se tornará real, de fato, quando tomarmos as rédeas e decidirmos com ousadia e coragem os rumos de nossa história. Conscientes do dever cumprido! A desculpa é sempre a mesma, por ser uma coisa muito extensa, “não temos tempo é muito complicado etc...”, e acaba fazendo-se de qualquer jeito e do mesmo apenas um documento burocrático. Mas são coisas que precisamos criar o hábito de fazê-lo, criar uma forma dinâmica de modo que, todos realmente participem, pois dele depende a nossa vida profissional. Ele não é apenas um documento burocrático, depois vamos reclamar do que? Se tudo se deixa pra depois ou encara-se como burocrático?... Somos formadores, queremos formar bons eleitores e burlamos um monte de questões? É por nós que passam os governantes, somos os artesões, será que não foi o que sempre aprenderam? Burlar as questões burocráticas ou fazer delas apenas questões burocrática?
 Na teoria todo Projeto Político Pedagógico é ótimo, mas podemos estar seguro de que ele revela o que realmente somos ou estamos fazendo? É preciso antes de qualquer coisa uma mudança de postura. Transformar para mudar a cultura do sistema, para que, nós educadores e dirigentes estejamos sempre atentos ao valor principal desta nova forma de se organizar e, sobretudo, ao valor fundamental do trabalho. Para que na escola não ocorra apenas à reprodução de uma democracia liberal voltada aos interesses de uma minoria. Cabendo ao diretor salvaguardar este direito frente a uma gestão voltada à participação de todos os envolvidos, tanto pais, mestres, alunos e funcionários, enfim, toda a comunidade em seu entorno, para que esta democracia não fique apenas na teoria, sendo praticada ativamente neste novo contexto, através do qual a escola poderá construir sua autonomia. E uma verdadeira E D U C A Ç Ã O de qualidade! O que não podemos é fingir que estamos fazendo tudo isto.
Para tal elaboração se torna ainda necessário um marco referencial, uma preparação, um constante diagnóstico, sua efetiva realização interativa, avaliando, diagnosticando, reprogramando anualmente, com uma reelaboração parcial ou total. Onde o gestor pode e deve ser um excelente facilitador deste processo, fazendo da escola um lugar de produção de conhecimento e também da crítica do conhecimento existente, conhecendo bem seus membros e atores. Reinventando uma nova escola que abra essas novas concepções de redemocratização que vem se arrastando a anos, fazendo e sendo parte deste novo espaço que é e se quer construir na escola.
É fundamental que o gestor seja politizado, no sentido de ter bem claro seu papel de “modelo” de educador, pautado em conhecimentos acumulados ao longo de sua formação e experiência em diversas funções desenvolvidas antes mesmo de ser diretor. Convocando a escola a produzir seu próprio plano de trabalho frente as suas reais necessidades de forma que todo o seu entorno participe desta construção na intenção de sanar suas deficiências até então. Pensar no papel do gestor é pensar em alguém que nos ajudará a nos desenvolvermos como seres críticos e participativos, alguém comprometido e responsável pela nutrição e gestação de todo o processo educativo e de aprendizagem, na formação de cidadãos, que também deverão ser responsáveis, pelos seus deveres e antes de tudo conscientes de seus direitos. O diretor não deve ser autoritário, pois, ao gestor cabe o perfil de ser democrático e, portanto, desenvolver condições de favorecer o processo democrático no cotidiano da escola. O gestor deve com sua ação conduzir a tarefa da escola para a formação do cidadão, alimentando o trabalho de todos os envolvidos para que esta formação seja real e não apenas teóricas e utópicas e que tenham ainda relação com suas atitudes e práticas. Avaliando sempre o que foi e o que não foi bem sucedido ao longo de todo este processo, registrando cuidadosamente o trabalho desenvolvido e as atividades produzidas. Sobretudo, ter consciência do que vem a ser o mesmo. Portanto o papel fundamental do Gestor na formulação e execução de tal projeto é o de articulador de ações para a efetivação do mesmo, de forma participativa, compartilhando decisões e, mais ainda, conduzindo os seus participantes a uma progressiva autonomia no que se refere a aprender como pesquisar, como resolver problemas sendo um participante ativo e critico que tenha real compromisso com a ação democrática, integradas ao diálogo e busca de soluções de problemas com base na ação coletiva, revelando um retrato fidedigno do que somos e do que vamos construir juntos. Uma mudança de postura frente aos sistemas educacionais da atualidade, uma postura de independência e iniciativa que defina as regras de procedimento e defina um novo sistema organizacional, que desenvolva o senso de responsabilidade junto ao centro político e à comunidade, sem haver um distanciamento entre a teoria e a prática entre quem as produziu e quem as deve dar cumprimento, devido ainda a essa cultura enraizada, do burocrático imediatista.
Precisamos de uma pedagogia que seja uma nova forma de se relacionar com o conhecimento, com os alunos, com seus pais, com a comunidade, com os fracassos (com o fim deles), e que produza outros tipos humanos, menos dóceis e disciplinados. (ABRAMOWICZ, 1997).

Há muito que evoluir ainda, pois colocar a comunidade dentro da escola em apenas eventos ou articular um jogo de cartas marcadas não é ser democrático é preciso articular todas as decisões de modo que se pratique a democracia e conscientize a comunidade do que vem a ser a mesma, sem mascará-la mesmo que a intenção seja facilitar o trabalho. Costumo comparar todos estes tramites aquela fábula “A ROUPA NOVA DO REI”, até quando vamos fingir estar vestindo a educação com finas roupagens, quando a mesma está desnuda de compromisso, responsabilidade, ética, solidariedade humana, prazer e amor ao próximo? Estamos realmente preparados? Então, mãos a obra!

“É preciso criar pessoas que se atrevam
a sair das trilhas aprendidas
com coragem de explorar novos caminhos
Pois a ciência construiu-se pela ousadia dos que sonham.
E o conhecimento é a aventura pelo desconhecido 
Em busca da terra sonhada”

Rubem Alves 


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quarta-feira, 8 de maio de 2013

A RELAÇÃO COM O MUNDO LETRADO


Fonte: Imagens do Google



Por: Ety Moraes


A leitura e a escrita sempre foi indiscutivelmente muito importante na vida dos indivíduos. Com a chegada das novas tecnologias e a Globalização a velocidade das informações circulam de maneira muito mais rápida que antes, “o que é hoje, pode não ser a mesma coisa amanhã”. Atualmente, muito mais do que em épocas remotas é de suma importância essa habilidade como ferramenta, para se estar conectado ao mundo e ser inserido como cidadão ativo no mesmo. Para tal, exige-se do indivíduo, não somente saber ler e escrever, decodificando letras e palavras, antes sim, fazer uso da leitura e da escrita como ferramenta crítica e social.
                 Infelizmente nesta área à escola anda a passos lentos, mesmo tendo sofrido consideráveis mudanças, parece fechar as portas para o mundo, criando outro que não tem nada haver com o real. No entanto, espera-se da escola, que perpasse seus muros, imprimindo no sujeito uma humanização plena, novos saberes e competências que agregadas a ela se determinam a novos conhecimentos constantemente. E para que isso ocorra é necessário valorizar a leitura de diferentes tipos de textos e portadores para ampliar o repertório dos educandos no mundo da linguagem em diferentes situações sociais, contextualizando-os e apresentando-os de forma significativa. É preciso antes de tudo trazer o mundo para dentro da escola. Exercitando assim a inteligência, o pensamento, as ideias e a linguagem, dos educandos, estimulando-os a enriquecer o seu imaginário e ampliar seu vocabulário. Pois a leitura pode ajudá-los a se familiarizar com a escrita e a tomar gosto pelo ato de ler e pelos livros, a buscar o seu gosto específico e a ter um repertório maior, ajudando-os na formação de seu pensamento hipotético e dedutivo, além de incentivar sua capacidade de abstração, e dinamizar seu raciocínio lógico, aumentando seu conhecimento e a percepção do mundo, desenvolvendo ainda habilidades fundamentais como a comunicação e o trabalho em equipe, conquistando também certo poder de reflexão muito maior, desenvolvendo também muito mais sua capacidade de interpretação, surgindo como um instrumento que o ajude a confrontar ideias e valores, abordando todas as questões do mundo que o cerca, elevando seu nível cultural e seu conhecimento.
                  Mas ensinar, acima de tudo deve ser um prazer, para que o educando adquira o prazer de aprender sempre!.


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domingo, 5 de maio de 2013

ENSINAR É UM PRAZER!

                                                
                                                               Fonte: Imagens do Google


Yara era o seu nome, uma professora já de idade avançada, austera e sempre muito elegante. Fazia questão de dizer que o que ensinava, aprendera na França. Foi minha Mestra em artes, quando cursei o Magistério.
As aulas de artes antes de Yara era a hora da aula da bagunça... Hora de batermos papo... Relaxarmos, enfim fazer de tudo... Menos aprendermos algo realmente sério.
Aquela Mestra gostava realmente do que ensinava, ela nos ensinava com prazer e com propriedade, sem titubear nos oferecia técnicas, que num primeiro olhar achávamos que não daria em nada, mas transformou-me em uma desenhista de dar inveja a muitos.
 Lógico que não cheguei a ser uma desenhista da categoria de Yara, mas aquela Mestra me ensinou que eu era capaz.
Desde a primeira série sempre gostei de fazer as chamadas "cópias" e também copiar os desenhos dos livros didáticos, mas nenhum professor deu importância, ou se quer estimulou tal fato.
Yara ensinou-me acima de tudo respeitar o que ela estava ali para nos ensinar, não “enchia apenas linguiça”, afinal sua matéria nem era avaliativa, mas ela com o desejo de nos ensinar algo realmente significativo, aguçou em nós o desejo e a capacidade que tínhamos de aprender.
Não ensinou-me somente teorias sem sentido ou práticas sem significado, ensinou-me a amar o que faço! E o que gosto hoje de fazer. Dar aos outros este mesmo prazer, o de aprender também com prazer e alegria, aquilo que gosto realmente de ensinar. Por isso escolhi esta profissão. Ser Professora. E este foi o legado de Yara, uma mestra inesquecível para mim!

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sexta-feira, 3 de maio de 2013

É SÓ QUERER


 Fonte: Imagens do Google

Por: Ety Moraes 



Desde muito cedo, aprendi a duras penas que não existe dom, antes sim, vontade e precisão!

Sempre tive uma infância muito pobre, quando tínhamos pão para o café da manhã já era uma Glória, brinquedos então nem pensar! Aprendi de modo muito duro que o que queremos temos que correr atrás. E não há nada que não possamos fazer desde que queiramos. E aprendi isso com a vida!
Todo domingo era dia de visitar minha avó, que morava com uma tia solteirona que trabalhava na “ESTRELA”, uma empresa de brinquedos muito conceituada na época. Seu quarto era um paraíso aos meus olhos de criança, pois por trabalhar nesta empresa, você nem imagina o tanto de brinquedos que ela guardava lá. Eram de todos os tipos e tamanhos: jogos, bonecas, carrinhos, dos mais variados e os mais incríveis que eu já havia visto. Ela mesma, nem brincava, era “A D U L T A”, e nem tinha filhos também, e quando íamos lá, ela escolhia um... Apenas um, que podíamos brincar. Eu amava um jogo de tabuleiro chamado, C O M B A T E!
Combate foi um jogo de tabuleiro lançado pela Estrela em 1974 com o nome de Front, posteriormente substituído por Combate. Nos países de língua inglesa é conhecido como Stratego. É um jogo praticado por duas pessoas em que o objetivo é capturar a bandeira adversária, que atualmente foi substituída por um prisioneiro. O tabuleiro é um quadriculado com dez casas na horizontal por dez casas na vertical. Existem dois lagos que ocupam quatro casas cada um. O espaço para cada jogador organizar o seu exército de 40 peças é de 10x4 casas. Existem dois tipos de peças: As móveis e as imóveis. Os exércitos eram distintos pelas cores azuis e vermelhas. Inicialmente as peças tinham suas insígnias em baixo relevo e pintadas em prata. Posteriormente, o formato das peças permaneceu, mas foram mudadas as identificações para um adesivo com o desenho dos respectivos soldados. As imóveis são uma bandeira (prisioneiro) e seis bombas (minas terrestres). A bandeira (prisioneiro) deve ficar escondida, pois quando é capturado pelo adversário, o jogo acaba e o que teve sua bandeira (prisioneiro) capturada perde. As bombas são peças que derrotam qualquer outra, com exceção do cabo-armeiro. Não pode mexer as mesmas (peças imóveis). As peças móveis eram usadas para invadir o território adversário, derrotar suas peças e capturar a bandeira, sendo esta, o objetivo do jogo. Cada uma tem um número, que representa seu poder e derrota o número menor, o adversário não pode visualizá-lo. Quanto maior o número, mais forte é. Um espião(agente secreto nº 1) que é a única peça que pode derrotar o marechal, a peça maior do jogo. Oito soldados (nº 2) que podem mover mais de uma casa por vez, a corrida. Um soldado não pode correr e atacar na mesma vez. Cinco cabos-armeiros(cabo nº 3), que podem desarmar as bombas. Quatro sargentos (nº 4). Quatro tenentes (nº 5). Quatro capitães (nº 6). Três majores(nº 7). Dois coronéis (nº 8). Um general (nº 9). Um marechal(nº 10), que pode ser morto pelo espião.
Não tínhamos e nem poderíamos comprar aquele jogo, mas ele era o meu sonho de consumo. Então resolvi fazer o meu próprio jogo, meu próprio COMBATE.
 Com uma tábua fiz meu tabuleiro e com tampinhas de garrafa, as peças do jogo. Não foi nada fácil, mas eu consegui, era o meu maior tesouro! O meu...! Só meu...! C O M B A T E!
 Hoje sei fazer de tudo, costuro, bordo, pinto, cozinho, tudo que desejo eu conquisto, aprendi que basta a gente querer, mas querer muito uma coisa para conquitá-la!
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REFERÊNCIAS

COMBATE jogo. In: WIKIPÈDIA, a enciclopédia livre. 2013. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Combate_(jogo) >. Acesso em: 03 de Mai. 2013.                    

terça-feira, 9 de abril de 2013

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Fonte: Imagens do Google 


Certos acontecimentos podem marcar a vida de uma pessoa para sempre, uma criança que se sente rejeitada, se sente excluída de seu grupo social, terá a maior dificuldade para tornar-se um adulto confiante e integrado à sociedade e nosso papel como professor é também ensinar a solidariedade mútua.
Temos que ter cuidado com nossas expectativas, quantos aos alunos, para que as mesmas não tenham indicadores falsos e preconceituosos, julgando-os pelas aparências: físicas, sociais ou econômicas, nem pelas suas capacidades de se concentrarem e de expressarem-se, e tal coisa se torne um fator determinante para as inter-relações principalmente referentes às relações entre professor/aluno, expressadas muitas vezes em frases que nunca deveriam ser ditas, criando rótulos, denegrindo imagens, desmerecendo o que poderia ser potencializado.
É preciso que o professor estimule seus alunos e demonstre as compensações do ato de aprender, criando condições para que as inter-relações integrem a todos sem distinção, se colocando no lugar de seus alunos, se unindo aos mesmos e aos seus pares para resolver dificuldades comuns, inspirando confiança e respeito, criando caminhos para uma relação mais justa tanto na escola quanto na vida.
Combatendo a violência, enfrentando os preconceitos tratando-os com justiça e equidade, independente de qualquer coisa, onde sua postura diante dos alunos é seu maior exemplo, como coautor, fazer a diferença, para que realmente cumpra seu papel social para um futuro melhor daqueles que esperam dele tal ato, e só o fato dele fazer de sua sala de aula um espaço democrático onde as relações interpessoais aconteçam de modo a levar os alunos a entenderem que é possível criar um ambiente de respeito, confiança e solidariedade recíproco já é uma grande conquista.


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REFERÊNCIAS: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Vídeo: A violência na escola. (Convívio escolar). TV Escola-Escola / Educação. Disponível em:< http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=20288> . Acesso em: 08 Abr. 2013.